Para o Google, Bing está plagiando seus resultados.
Microsoft nega e diz que Google está querendo 'mudar o assunto'.
Frank Shaw, diretor de
comunicação da Microsoft,
briga com o 'pessoal' do Google por meio do
Twitter
(Foto: Reprodução)
Quando engenheiros do Google estavam verificando a capacidade do buscador para corrigir automaticamente erros de digitação, eles encontraram uma palavra muito incomum: "tarsorrhaphy", que
usuários digitavam errado como "torsorophy". O buscador conseguia corrigir o erro e fazer a pesquisa pelo termo certo. O Bing não – e os resultados eram ruins. Exceto pelo primeiro – que era exatamente idêntico ao do Google.
Para averiguar o caso, a
empresa resolveu fazer um teste: pediu para seus engenheiros que instalassem a barra do Bing em seus navegadores. O Google criou resultados falsos para pesquisas aleatórias e igualmente falsas, e seus engenheiros digitavam essas pesquisas e clicavam no link do resultado – que nada tinha a ver com a pesquisa. Em algumas semanas, os resultados passaram a aparecer no Bing, fato que o Google entendeu ser um sinal de plágio dos seus resultados.
Matt Cutts, engenheiro do Google, briga com Shaw,
da Microsoft (Foto: Reprodução)
Para a Microsoft, o Bing não faz nada além do que o próprio Google também faz, coletando dados de cliques a partir das barras de ferramentas.
Desde então, as duas empresas têm trocado acusações publicamente. A Microsoft acusou o Google de querer “mudar de assunto” para que a imprensa comente as ações que o Google está respondendo por descuidos com a privacidade de seus usuários. Até o diretor de comunicação da Microsoft, Frank Shaw, participou da “briga” em posts no Twitter. O Google usou seu blog oficial para comentar o caso.
Shaw argumentou publicamente com Matt Cutts, engenheiro responsável por limpar as pesquisas do Google de spammers. Cutts afirma que a Microsoft está coletando muitos dados dos usuários no Internet Explorer, e Shaw contra-ataca afirmando que o Google também o faz no Android e no Chrome.
O Google espera que a Microsoft “pare” com a prática, mas as empresas parecem não ter chegado a nenhum consenso até o momento.